Exportação: segundo trimestre é de melhoria no cenário brasileiro.

Aves e suínos são destaque nos embarques para o exterior. 

Entre janeiro e março, o Brasil embarcou 411,08 mil toneladas de carne bovina brasileira in natura, o segundo maior volume de todos os tempos, atrás apenas do mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

O produto, mesmo com a paralisação nos embarques para a China, somou volume exportado 124,43 mil toneladas em março, diferença de 26% abaixo de mar/22.

Boi Gordo

Volume se manteve estável, o que foi impactado pela paralisação na exportação para a China foi o preço negociado. No acumulado de março, chegando a US$ 4.812,05 por tonelada — 0,9% inferior ao valor pago em fevereiro e 18,43% inferior a março do ano passado. No total acumulado, a queda foi de 40% se comparado a 2022, somando US$ 598,79 milhões de receita. 

Carne suína

O produto teve excelente desempenho no trimestre. Segundo dados da Secex, entre janeiro e março de 2023, o Brasil exportou 271,6 mil toneladas, 16,5% mais que nos três primeiros meses do ano passado.

Apenas em março, o Brasil exportou 105,8 mil toneladas de carne suína, um aumento de 35,9% em relação a fevereiro. Este é o maior volume mensal exportado neste ano, incluindo produtos in natura e processados.

Carne de frango

Segundo a Secex, a receita recebida em março foi recorde, totalizando R$ 5,09 bilhões, 10,8% superior à de março de 2022. O volume exportado em março foi 22,9% superior ao mesmo mês do ano passado, sendo 514,6 mil toneladas de carne de frango, superando o recorde anterior, estabelecido em dezembro de 2018, quando foram embarcadas 463,8 mil toneladas.

“É importante destacar que, com a menor oferta de carne de frango, muitos importadores, como o México, estão buscando o produto no Brasil. Em maio, o México suspendeu as tarifas de importação da carne de frango brasileira, devido a um acordo entre os dois países sobre questões de saúde animal. A baixa oferta mundial é reflexo tanto da gripe aviária em importantes países produtores quanto dos altos custos dos grãos e da energia”, esclarece o Cepea através de nota.

Fonte: Exame